Não sei qual é o percentual, mas boa parte daqueles que tocam violão, eventualmente pensam em fazer música. Compor. Pode ser o teu caso. E é, com certeza, o meu.
Minha primeira aventura no campo da composição foi quando eu tinha uns vinte e poucos anos. Um desastre, é claro. Quem escutou torceu o nariz. Mas eu insisti, algum tempo depois e, para minha surpresa, uns e outros gostaram da música, que se chamava Sete Quedas.
Mais adiante, soltei mais uma, a música “Me deixa”. Sucesso entre os amigos.
Mas confesso que até ali eu não sabia muito bem o que fazia. Era na base da intuição mesmo. E pode ter certeza que não é assim que se faz música. Não é só inspiração. Na verdade, inspiração é só uma pequena parte de se compor uma música.
As músicas de sucesso que você ouve por aí, não foram feitas baseadas unicamente na “inspiração” dos autores. Nada disso. Estas músicas são fruto de muito trabalho, baseadas em estruturas musicais consagradas.
Resumindo: não se pode compor música de qualquer jeito. Existem técnicas para isto. Regras a serem seguidas. Muitas vezes, nem todas as regras são seguidas, podem existir modificações. Mas primeiro é preciso aprender a regra.
Compor ajuda a compreender música por outro ângulo
Quando você começa a fazer suas próprias músicas, mesmo que não alcance sucesso (assim como eu), começa a compreender melhor a música e, consequentemente tocar e cantar mais conscientemente. A sua criatividade é despertada e você, mesmo que não se torne um grande compositor, com certeza será um melhor instrumentista e/ ou cantor.